sábado, 12 de novembro de 2011

Poesia social

Ninguém vive só... mesmo as estrelas do céu cantam juntas.
Mesmo as águas do oceano se esparrinham em conjunto.
Mesmo as lágrimas rolam das a duas, não raro acompanhadas de um sorriso.
Ninguém vive só...
Mesmo as folhas pequeninas dos arbustos dormem juntas.
E os pássaros cortam os ares em revoadas.
Ninguém vive só...
Mesmo as pedras procuram o caminho, porque o caminho não é deserto, mas transitável pelos homens.
Mesmo as flores procuram jardins, porque são visitados.
Mesmo o perfume procura as flores, porque as flores perfumam e exercem maior atração.
Ninguém vive só. E nessa grande harmonia de conjuntos, nesta constante busca do outro, neste irresistível poema de sociabilidade nós nos situamos.
Também com gente.
Ninguém vive só...
Situar-se como gente é abandonar a ideia do EU e atitude de egoísmo, para aderir ao NÓS.
Abertos, confiantes, construtivos, comunitários, SOCIAIS.

Roque Schneider

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